Buscando informações sobre um projeto na internet me deparei com essa coluna do Guto Requena e achei que de uma forma irônica mas divertida ele mostra que não devemos abandonar nossa cultura, identidade local e personalidade na hora de decorar a casa.
Mas devemos lembrar que nem tudo pode ser levado a ferro e a fogo; num projeto específico, todos esses exemplos ‘negativos’ tem uma versão atual e elegante possível.
1. TROQUE OS TACOS
Retire o piso de madeira original do apartamento que acabou de comprar. Jogue esse taco (provavelmente de madeira em extinção, como a peroba rosa, muito comum em edifícios dos bairros de Higienópolis e Jardins) numa caçamba. Instale no lugar o porcelanato mais brilhante e marmorizado que achar. Piso frio é fácil de limpar, e taco velho lembra coisa antiga e casa de vó.
2. TENHA COLUNAS GREGAS
É importante”ornar” seu projeto de decoração com a fachada do seu prédio, que se for mesmo bem cafona será um edifício neoclássico, neopoodle, neo qualquer-coisa. Existem placas de isopor que transformam sua coluna mixuruca em uma belíssima coluna grega com tudo o que você merece: base, fuste e capitel. Basta aplicar, emassar e pintar para esconder os remendos. É possível até escolher a ordem da sua coluna: dórica, jônica ou coríntia (não confunda com Corinthians!). Se você pintar estilo marmorizado então, vai ficar uma lindeza.
3. SANCAS DE GESSO COM LED
Está achando seu living muito simplesinho? Faça uma sanca de gesso estilo bolo de noiva, com camadas e curvas, e embuta iluminação em LED que troca de cor. Cromoterapia é o último grito da moda em Milão. E veja que incrível: dá para trocar a cor por controle remoto!
4. TUDO NOVO
A casa cafona utiliza apenas móveis e objetos novos e desconsidera a cultura e a história do local e de seu morador. Não se preocupe com materiais sustentáveis, ciclo de vida do produto ou impacto social de sua reforma. E a cada vez que mudar de casa, jogue tudo fora. Celebre o novo. Quanto mais caro, melhor. Atitudes sustentáveis e reúso para quê? Você nem verá o planeta entrar em colapso, não é?